Título
O TESTE DO PUXÃO: Uma Prova de Carga a Tração Offshore
Orientador(a)
Orientadora: Professora Graziella Maria Faquim Jannuzzi
Orientador: Professor Fernando Artur Brasil Danziger
Resumo
A parte superior de poços de petróleo é constituída por tubos de 75 ou 90 cm de diâmetro, denominados condutores, cujo comprimento varia de 40 a 80 m. Em grande parte das instalações offshore, o condutor é instalado em argilas muito moles, com resistência crescente com a profundidade. Naturalmente, a estabilidade do solo no qual os condutores são instalados é fundamental para a integridade dos poços de petróleo. Embora o condutor seja projetado com base nas cargas previstas e parâmetros geotécnicos, a sua capacidade de carga é verificada através de um ensaio de tração, denominado teste do puxão. Este trabalho tem como objetivos: (1) apresentar uma revisão bibliográfica da realização e interpretação deste teste, enfatizando a necessidade de aplicação de conceitos de geotecnia de fundações a esse importante problema de engenharia de petróleo e (2) apresentar uma discussão, ainda não consensual no meio geotécnico, sobre as principais variáveis que podem afetar o planejamento dos ensaios a serem realizados em um condutor protótipo modelo, no Campo Experimental de Sarapuí II. Tais variáveis são: (i) Ganho de resistência com o tempo (Set-up); (ii) Tixotropia; (iii) Dissipação da poro-pressão; (iv) Pré-cisalhamento; (v) Vazão; (vi) Bit stick-out e (vii) Reciprocação.
Abstract
The upper part of oil wells is constituted by 30” or 36” (75 or 90 cm) in diameter pipes, named conductors, with length generally varying from 40 m to 80 m. In most cases the conductor is installed in very soft clays, with strength increasing with depth. The stability of the conductors is crucial for the oil well integrity. Although the conductor design is based on the working loads and geotechnical parameters, its capacity is always verified from a tension test, named Pullout Test. The present paper aims at: (1) present a review of the execution and interpretation of the Pullout Test, emphasizing the need of using a geotechnical framework to this important problem of the oil industry. Laboratory and in situ tests to be used in the analysis are presented and discussed and (2) present a discussion, not yet consensual in the geotechnical environment, about the main variables that may affect the planning of the tests to be performed in a prototype model conductor, in the Sarapuí II Experimental Field. Such variables are: (i) Resistance gain over time (set-up); (ii) Thixotropy; (iii) pore pressure dissipation; (iv) pre-shear; (v) flow rate; (vi) Bit stick-out and (vii) Reciprocation.